COEFICIENTES DE TRILHA, CORRELAÇÕES CANÓNICAS E DIVERGÊNCIA GENÉTICA: I. ENTRE CARACTERES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DO RENDIMENTO DE GRÃOS EM GENÓTIPOS DE FEIJÃO PRETO (Phaseolus vulgaris L.)
Resumo
Vinte e cinco genótipos de feijão foram avaliados em Lages, Santa Catarina, através de sete caracteres de importância agronômica sobre a produção de grãos por unidade de área. O experimento, em blocos casualizados com três repetições, foi conduzido no período de safra (novembro a janeiro) no ano agrícola de 1995/96. Os objetivos do trabalho foram: I) estimar os efeitos diretos e indiretos entre os caracteres de importância agronômica, através da análise de trilha; 2) estimar a intensidade de associação entre os componentes primários e secundários do rendimento de grãos; 3) estimar a divergência genética de vinte e cinco genótipos de feijão preto, através da estatística de Mahalanobis. O primeiro grupo de variáveis (componentes primários) foi constituído pelo número de legumes por planta, número de grãos por legume e peso de mil grãos; o segundo grupo (componentes secundários), pelo número de dias entre a emergência e o florescimento, número de dias entre a emergência e a maturação de colheita, estatura de planta e comprimento do colmo para inserção do primeiro legume. Pela análise das correlações canônicas, ficou evidenciado a importância dos componentes secundários sobre os primários. Os resultados obtidos pela análise de trilha, revelaram a importância dos caracteres peso de mil grãos, número de legumes por planta e número de grãos por legume, uma vez que os mesmos apresentaram os maiores efeitos diretos e alta correlação fenotípica com o rendimento de grãos. A estatística de Mahalanobis possibilitou discriminar os genótipos de feijão preto quanto ao seu grau de similaridade genética. Ficou evidenciada ampla variabilidade genética para todos os caracteres avaliados, principalmente, para o ciclo vegetativo, número de legumes por planta e número de grãos por legumes, comparativamente. O emprego de genótipos distantes geneticamente em programas de melhoramento genético de feijão que utilizam a hibridação artificial para incrementar a variabilidade genética, não levaria ao estreitamento da base genética (erosão genética), já que tais genótipos possuem adequada variabilidade genética.
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