DISPONIBILIDADE HÍDRICA PARA A CULTURA DA ALFAFA NAS DIFERENTES REGIÕES ECOCLIMÁTICAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
Embora o Rio Grande do Sul seja o estado brasileiro maior produtor de alfafa, as suas condições climáticas limitam o desempenho desta importante forrageira. A ocorrência de estiagens do final da primavera ao final do verão é considerado fator decisivo, pois se trata do período com melhores condições térmicas para crescimento e produção de forragem desta leguminosa. Desta forma, o presente trabalho objetivou realizar uma análise comparativa das disponibilidades hídricas para a alfafa, ao longo do ano, nas diferentes regiões ecoclimáticas do Rio Grande do Sul. Foi usada uma série homogênea de dados do período 1980/90, de onze estações agrometeorológicas das respectivas regiões ecoclimáticas do Estado. Foi calculada a evapotranspiração máxima da alfafa (ETm) e calculados balanços hídricos seriados, em base decendial, adotando-se uma capacidade de água disponível no solo de 75 mm. O total anual médio de evapotranspiração máxima para alfafa foi menor na Serra do Sudeste (1194 mm) e maior no Baixo Vale do Uruguai (1832 mm). A maior freqüência de déficit hídrico ocorreu no verão, sobretudo, em função da maior demanda hídrica da cultura. Em todas as regiões, o total anual de déficit hídrico foi superior a 100 mm. Litoral Norte e Planalto Superior — Serra do Nordeste evidenciaram maior razão entre evapotranspiração real e evapotranspiração máxima (ETr/ETm), portanto menor deficiênüia de água h cultura. A região do Baixo Vale do Uruguai demonstrou a menor razão ETr/ETm e o maior total anual de déficit hídrico para alfafa, que foi de 419 mm no período analisado.
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