Erosividade e padrões hidrológicos das chuvas de Hulha Negra, Rio Grande do Sul, Brasil, com base no período de 1956 a 1984

  • Daniela Martins
  • Elemar Antonino Cassol
  • Flávio Luiz Foletto Eltz
  • Aristides Câmara Bueno
Palavras-chave: energia cinética, chuvas erosivas, potencial erosivo da chuva, intensidade da chuva, coeficiente de chuva, Fator “R” da USLE, erosão hídrica.

Resumo

A capacidade potencial das chuvas em causar erosão do solo é denominada de erosividade das chuvas. O ob-
jetivo deste trabalho foi determinar a erosividade e os padrões hidrológicos das chuvas de Hulha Negra, RS, com base noperíodo de 1956 a 1984. Em pluviogramas diários da estação meteorológica da FEPAGRO, foram separadas as chuvas individuais e, destas, as erosivas. Para cada chuva erosiva foram cotados os segmentos dos pluviogramas com mesma inten-
sidade e registrados os dados em planilhas, determinando-se a erosividade, pelo índice EI30, e os padrões hidrológicos. A precipitação pluvial média anual foi de 1239 mm, relativamente bem distribuída. O período de outubro a fevereiro concentra 61% da erosividade anual, o que coincide com o preparo do solo, semeadura e crescimento das culturas de verão. O pico mais notável no potencial erosivo ocorre em fevereiro, quando normalmente a maioria das culturas praticamente já está em pleno desenvolvimento, enquanto que outro pico significativo ocorre em abril, quando inicia o período das culturas de inverno, o qual, entretanto, é conseqüência de um mês excepcional em abril de 1959. O menor potencial erosivo das chuvas ocorre nos meses de maio a agosto. Na média, os padrões avançado, intermediário e atrasado têm, respectiva mente, 53, 26 e 21% do número de chuvas erosivas por ano, 60, 23 e 17% do volume total anual de chuvas erosivas e 65, 22 e 13% da erosividade média total das chuvas. O índice de erosividade anual é de 6209 (MJ mm)/(ha h ano), o qual representa o Fator “R” da Equação Universal de Perdas de Solo (USLE), para predizer perdas médias anuais de solo por erosão hídrica em Hulha Negra, RS, podendo também ser usado na mesma região agroclimática. Relações entre o coeficien-
te de chuva (Rc) e o índice EI 30, não foram significativas, não sendo adequadas para estabelecer a distribuição mensal da erosividade das chuvas. Entretanto a relação linear obtida é adequada para determinar o valor do fator “R” para os municípios do entorno de Hulha Negra e que disponham apenas de registros pluviométricos.

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Publicado
2009-08-20
Como Citar
MARTINS, D.; CASSOL, E. A.; ELTZ, F. L. F.; BUENO, A. C. Erosividade e padrões hidrológicos das chuvas de Hulha Negra, Rio Grande do Sul, Brasil, com base no período de 1956 a 1984. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v. 15, n. 1, p. 29-38, 20 ago. 2009.

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