Primeiro registro da ocorrência de Megastigmus brasiliensis parasitando vespa-da-galha no Rio Grande do Sul

Palavras-chave: Leptocybe invasa, Eucalipto, Parasitóide, Brasil

Resumo

A vespa-da-galha do eucalipto (Leptocybe invasa) causa severos danos em suas plantas hospedeiras. Uma das principais estratégias para controlar sua dispersão é o controle biológico com himenópteros parasitoides. Existem espécies, como o parasitoide Megastigmus brasiliensis que apresentam potencial no controle biológico da vespa-da-galha na região Sul do Brasil. O trabalho teve como objetivo registrar a ocorrência de parasitoides associados à L. invasa bem como levantar informações a respeito de sua distribuição na região central do Estado do Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas em doze municípios na região central do Estado entre os meses de dezembro e março de 2015-2016 e 2016-2017. Ramos de eucalipto com galhas foram coletados e mantidos no laboratório em condições controladas de temperatura (28 ± 2°C). Após dois meses, foi feita a triagem e identificação dos indivíduos coletados. Em todos os municípios amostrados houve presença da vespa-da-galha com diferentes níveis de densidade, o que pode estar relacionado ao material genético da planta hospedeira e às condições meteorológicas locais. O único parasitoide coletado foi M. brasiliensis. Este trabalho apresenta o primeiro registro da ocorrência de M. brasiliensis no Rio Grande do Sul e o segundo registro no Brasil.

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Publicado
2021-03-11
Como Citar
RAUBER, M.; MUNDSTOCK JAHNKE, S.; KÖHLER, A. Primeiro registro da ocorrência de Megastigmus brasiliensis parasitando vespa-da-galha no Rio Grande do Sul. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v. 27, n. 1, p. 43-52, 11 mar. 2021.
Seção
Nota Científica