PROGRESSO DO MELHORAMENTO GENÉTICO DA SOJA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: I. RENDIMENTO DE GRÃOS
Resumo
Experimentos foram conduzidos no Centro de Pesquisa de Sementes de Júlio de Castilhos, RS, no período de setembro de 1993 a maio de 1994, com o objetivo de mensurar o progresso em rendimento de grãos, obtido pelo melhoramento genético da soja no Rio Grande do Sul, em três ambientes diferenciados quanto ao manejo do solo e da cultura. Os tratamentos constaram de 21 cultivares de soja, escolhidas pelo alto potencial de rendimento de grãos e pela representatividade em área de cultivo, nos respectivos períodos em que foram utilizadas pelos sojicultores gaúchos. Os resultados evidenciaram que nos últimos 40 anos foi obtido ganho genético de 14,7 a 25,3 kg/ha/ano nos ambientes de menor e maior produtividade, respectivamente, com média de 19 kg/ha/ano ou 1,1% ao ano. Com a exclusão da antiga cultivar 'Amarela Comum', ocorreu ganho de 11,7 kg/ha/ano, no período aproximado de 30 anos. Porém, os ganhos em rendimento de grãos vem diminuindo com o decorrer do tempo, em função do alto potencial de rendimento já alcançado e da constante utilização do mesmo germoplasma básico nas hibridações. Com o surgimento de novas doenças no final da década de 1980, houve grande mudança da preferência varietal, com a substituição de cultivares derivadas de Hill e Hood por genótipos oriundos de Davis, principalmente pela sua resistência à podridão parda da haste (Phialophora regata). A diferença em rendimento de grãos, entre os ambientes, evidenciou também significativo avanço proporcionado pelo uso de melhor tecnologia no manejo do solo e da cultura.
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